Meio Ambiente e Economia: Trabalhando em direção a um modelo econômico do século XXI
Parece lógico e consensual que precisamos encontrar um novo paradigma de desenvolvimento e sustentável.
Nos discursos gocernamentais e nas introduções de projetos financiados por agências de investimentos a ideia é repetida e firmada como senso comum.
Mas uma análise mais detalhada mostra que falta construir um consenso sobre o que é extamentente "sustentável" e qual "desenvolvimento" queremos, este batido conceito em que tanto se fala.
Há, na verdade, uma consciência de que o modelo de sociedade industrial construída a qualquer custo não poderá se manter com os atuais padrões de consumo de energia,degradação ambiental e não inclusão social de vastas camadas da população(os imigrantes etc.)
A ideia iluminista de progresso está em "xeque". A crença no modelo de industrialização clássica como motor de desenvolvimento, tendo a natureza como elemento inesgotável,caiu por terra.
A substituição deste paradigma passa pela substituição de processos racionais e não pela mera crença animista da natureza que teima em seguir dos discuros ecológicos.
É preciso uma nova racionalidade,uma razão sensível,pois a supressão do egoísmo econômico não tem por consequência a aparição de uma identificação maior com interesse geral.
Como mostrou o filósofo Vittorio Holse,este part pris irracional "encoraja de uma parte certas formas de impostura, de outra parte um implantação de uma economia subterrânea em que a corrupção aparece apenas em novas formas". Holse argumenta que "é absurdo,mesmo imoral,querer negar abstratamente o egoísmo econômico(...) Aquele que quer esconder o egoísmo cometerá crimes maiores e mais espantosos dos que se atribui ao egoísmo".
A nova racionalidade ecológica deve, portanto, partir da perspectiva que temos de construir uma economia do terceiro tipo,compreendendo como Kant que a natureza não é o receptáculo de um valor moral.
Este é odebate que se propõe neste terceiro FIP: como construir uma agenda de sustentabilidade e partir de uma nova racionalidade sócioambiental? Quais os custos e impactos na economia?
Sabemos hoje que a construção desta nova economia passa por uma reforma fiscal. Este é o meio mais promissor para financiamentos sociedades ecológicas e socialmente justas.
Por esta razão, o tema deste FIP é Economia Verde: uma agenda positiva nas esferas públicas e privadas.
Se como afirmou um pensador preocupado com este tema a conceituação das "sociedades sustentáveis" ainda está num "canteiro de obras", queremos debater como construir nop seminário brasileiro um desenvolvimento mais harmonioso das pessoas e suas relações com um conjunto do mundo natural
Trata-se, em síntese, de encontrar caminhos para uma reconciliação entre economia e ecologia.
Paulo Henrique Lustosa
Professor Marcos Viera
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